

Desenvolvida em parceria pela Secretaria da Educação, Cultura, Turismo e Desporto e Secretaria da Saúde, Habitação e Assistência Social, a oficina de teatro envolve os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental João Batista de Mello.
Conforme a secretária da Educação Deisi Mathias da Silva, as aulas tem uma importância fundamental no aprendizado. “Ajuda o aluno a desenvolver a criatividade, coordenação, memorização e o vocabulário”, destaca.
A oficina surgiu com o objetivo de promover mais ações de prevenção voltadas à saúde física, mental e social das crianças e adolescentes. Participam entre 20 a 30 alunos por aula.
Para Deisi, as técnicas utilizadas contribuem para o desenvolvimento do equilíbrio emocional, do pensamento crítico, do corpo e da mente. De acordo com ela, o teatro ensina a viver, estimula o conhecimento e a linguagem. “É uma ferramenta pedagógica, um espaço de intervenção, escuta, cuidado e orientação. Cada aluno descobre a si próprio e a importância da arte na vida humana”, enfatiza.
“A arte transforma o ser”
As aulas são ministradas pelo professor Gil Collares, formado em Teatro Licenciatura pela UERGS, Pós-Graduado em Educação, Diversidade e Cidadania pela FAEL e graduando de Fonoaudiologia pela UFRGS.
Qual a importância do projeto?
Gil Collares – Tenho mais de 20 anos de experiência na área de teatro e música. A oficina implantada em uma atmosfera escolar deve ter o intuito de praticar a espontaneidade e criatividade dos envolvidos. Precisa ser um espaço de promoção da diversidade, socialização e aprendizagem transversal. Através do teatro a criança e adolescente tem a oportunidade de protagonizar não só uma cena, mas o seu próprio momento como ser humano em desenvolvimento.
Quais os benefícios?
Collares – Por ser uma arte coletiva, o maior ensinamento do teatro é a produção de trocas entre os indivíduos, a possibilidade de desenvolver-se como um ser social que partilha aprendizados e saberes. Pela oficina descobrimos maneiras de expressar nossos desejos, vontades e até angústias. O teatro coloca-se como uma experiência sensível que aproxima o indivíduo do seu meio, pois situa-se entre o subjetivo e o objetivo, a fantasia e a realidade, o interior e o exterior, a expressão e a comunicação, afirma Jean-Pierre Ryngaert. Ele diz que o jogo teatral é um recurso contra condutas rotineiras, ideias preconcebidas, respostas prontas para situações novas ou medos antigos.
Alunos aprovam
A estudante Luciana Beatriz Schmidt Bombardelli, 11 anos, elogia os trabalhos realizados e enfatiza a importância para aprimorar o conhecimento. “Gosto muito das aulas. A gente perde o medo de se apresentar e falar em público. Melhoramos o vocabulário”, destaca.
Texto: Ascom Forquetinha