

Irmãos Verruck, de Arroio Abelha executam serviços na lavoura com tração animal
O Ponteiro e o Mineiro são o xodó do agricultor Flávio Heitor Verruck, de Arroio Abelha. Assim como era antigamente, a família ainda mantém métodos artesanais na produção agrícola, como a junta de bois, o arado e a enxada. “É uma paixão de criança. Herdamos do nosso pai. Aqui a gente cria e amansa para depois usar no trabalho do dia a dia”, conta.
Com quatro anos de idade, da raça zebu, a junta está avaliada em R$ 10 mil. Cada um rende em torno de 350 quilos de carne. “São muito mansos. A gente faz todo tipo de serviço, desde puxar silagem com carroça, como lavrar. É um pouco mais judiado, mas a gente gosta”, sorri.
Com a maior parte das terras íngremes, Verruck diz que usar o arado e a junta de bois é a única forma de preparar a terra. Outro motivo pelo qual utilizam pouco o trator, comprado em março, é o custo elevado do diesel e o fato dele ser muito pesado ou mesmo perigoso para trabalhar em algumas áreas.
“Nossa produção é pequena e o trator estraga a terra com o tamanho e peso das rodas, ao contrário dos bois, que são leves e fazem o serviço que precisamos”, explica.
Cena comum
Assim como na propriedade dos Verruck, avistar carros de boi transportando agricultores e sua produção é bastante comum no interior. Conforme o secretário da Agricultura e Meio Ambiente, Adair Pedro Groders, esta é uma tradição herdada dos anteados e mantida até hoje pela maioria das famílias.
“Como a gente tem vários programas de auxílio, como a confecção de silagem, transporte de calcário, dejetos de suínos e adubo orgânico, muitos preferem manter a junta de bois”, entende.
Outro fator que dificulta a mecanização das lavouras é a localização das áreas nas encostas de morros. “Fica perigoso o uso de máquinas e por isso o arado ainda é uma boa solução”, destaca.
Foto AI Prefeitura de Forquetinha
Assessoria de Imprensa de Forquetinha