No entanto, entende-se que é necessário fazer mais e melhor. Afinal, um Festival de Música, além de representar as manifestações artísticas do povo de um lugar, é, também, por excelência, uma importantíssima ferramenta de Educação. Não apenas pelo o que é apresentado em palco, mas também com o que acontece paralelamente à ‘competição’.
Em 1999, na 7ª edição, ocorreu uma Oficina de Improvisação Musical com o grande instrumentista e maestro, Sizão Machado (SP), que estava participando do Festival. Naquela ocasião, a atividade reuniu músicos encantadenses e de outras partes do Estado e do Brasil, interessados nos conhecimentos compartilhados pelo grande músico paulista. Na 15ª edição, em 2018, mais uma Oficina Musical. Dessa vez, com o grande cantor e compositor curitibano, radicado no Rio Grande do Sul há muitos anos, Marcelo Delacroix (avaliador dessa 16ª edição, em 2020), em que o músico compartilhou a sua maneira de pensar a composição de canções. A atividade reuniu instrumentistas, cantores e compositores, amadores e profissionais, além de entusiastas e curiosos, de Encantado e de algumas cidades do Vale do Taquari.
Em 2020, a comissão organizadora do Festival ampliou os horizontes e cruzou fronteiras. Na busca de estreitar os laços e dialogar com a Cultura advinda de outros países do Mercosul, o 16 Canto da Lagoa trará ao público a Oficina “Gêneros Musicais Latino-americanos”, que acontecerá no Parque João Batista Marchese, dia 28, das 14h às 17h. E com um grande diferencial. Será dividida em duas partes, que acontecerão concomitantemente, em diferentes locais dentro das dependências do Parque: uma mais voltada a instrumentistas e cantores, amadores ou profissionais, que buscam ampliar seus conhecimentos em gêneros musicais latino-americanos, através do formato de Prática de conjunto”. O principal objetivo é tocar em grupo, entendendo como funcionam as mais variadas formações musicais em ritmos como chamamé, zamba, milonga e chacarera. A atividade será ministrada pelo músico e professor argentino, Gonzalo Díaz*. As inscrições são limitadas (15 vagas) e deverão ser feitas, impreterivelmente, até sexta-feira, dia 27, através do e-mail [email protected]. Cada participante deverá portar seu próprio instrumento musical.
A outra parte da Oficina também é destinada a músicos, mas, principalmente, ao público em geral, que poderá participar, entendendo que a Arte Musical, muito além de ser somente uma manifestação artística, pode também funcionar como uma importante ferramenta de terapia, como princípio básico de uma melhor qualidade de vida, através do autoconhecimento. Aliás, nem é necessário portar instrumento nem possuir qualquer conhecimento musical, pois a Música que será produzida nessa atividade, será feita através do próprio corpo e da própria voz de cada participante. A atividade “Canto, Corpo e Movimento” será ministrada pelo músico e professor argentino Maxi Maglianese, integrante e idealizador do grupo ‘Minga – música corporal’, e é destinada a qualquer pessoa, de qualquer faixa etária. Serão disponibilizadas 50 vagas, sem prévia inscrição.
Créditos foto: Mauricio Centurión
Assessoria de Imprensa