Na Sexta-feira Santa, a partir das 5h30min, foi realizada a caminhada penitencial e Via-Sacra da Igreja Matriz da Paróquia São Pedro de Encantado até o Cristo Protetor. O trajeto de 9 km contou com uma parada no Parque João Batista Marchese para um momento de reflexão. Na sequência, os peregrinos seguiram até a Lagoa da Garibaldi, onde foram realizadas as 14 estações da Via-Sacra até o Cristo Protetor.
Conforme o vice-presidente da Associação Amigos de Cristo, Robison Gonzatti, que fez a caminhada desde o início, cerca de duas mil pessoas participaram do evento. “Neste ano tivemos uma caminhada muito bacana, com umas duas mil pessoas. Pelo caminho, as pessoas iam se juntando. Foi um momento muito bonito e com uma Via-Sacra bem representada por todas as comunidades envolvidas. É algo que veio para ficar e a cada ano terá mais devotos e peregrinos”, destacou.


Gonzatti ainda acrescentou que em vários locais percebeu o cansaço das pessoas, principalmente na subida da Lagoa da Garibaldi, mas no final, quando chegaram no Cristo, a sensação de todos era realização. “É um local de muita energia positiva, espiritualidade e, por isso, já deixamos o convite para a edição do ano que vem”, relatou.
O Bispo Dom Paulo de Conto, natural de Encantado, participou do evento. “Nós que temos fé, devemos sempre contemplar Jesus na cruz. O Cristo Protetor nos lembra muito bem. Na cruz deu a vida por nós, e nós agora devemos dar a vida por ele. Ele também prega que nós devemos amar a Deus e ao próximo, e no próximo está Jesus. É uma caminhada reflexiva, que nos leva para a Páscoa, para a ressurreição com o coração aberto e bonito para ajudar aqueles que mais precisam. Parabéns Encantado por esta iniciativa”, ressaltou.
A professora Leine Werner, que coordenou as estações da Via-Sacra, destacou o envolvimento comunitário. “Foi muito positivo, nós começamos a organizar as 14 comunidades há um mês e meio e foi muito bem recebido pelos peregrinos. Nós conseguimos transmitir um pouco do que foi a Via-Sacra”.
Peregrinos
Janete de Conto caminhou pela segunda vez. “É gratificante e maravilhoso poder fazer esta caminhada relembrando os os de Jesus até o calvário. É cansativo, mas importante, porque a gente vivência tudo que ele viveu e sentiu”, frisou.
Ricardo Mazin iniciou a caminhada de Montenegro até o Cristo Protetor na terça-feira. “Foram cerca de 88 quilômetros. Eu sai da cidade, ei a ferrovia, caminhei até Paverama, de lá até Teutônia, depois até Roca Sales e hoje pela manhã até o Cristo. Me desafiei, foi um ato de fé e de persistência”, pontua.
Margarete Vendramini acompanhou a caminhada desde a Matriz. “Um momento de muita fé. Foi uma caminhada calma, bem tranquila. Tivemos as paradas e a chegada ao Cristo que foram momentos de emoção”, relatou.